quinta-feira, 17 de novembro de 2011


Projeto Transito

1- OBJETIVOS:
- Desenvolver os valores essenciais à vida plena e à convivência socialmente justa por meio da Educação e do Ensino para o Trânsito.


1.1- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Destacamos que esses objetivos específicos desse Projeto se baseiam principalmente em Lobo (2008) e Vieira et al. (2008), e são:

-  Identificar a Educação para o Trânsito como fator de segurança pessoal e coletiva;
- Conhecer a historia dos meios de transportes;
- Reconhecer os meios de transportes aéreos, aquáticos e terrestres;
- Colaborar para a formação de comportamentos que proporcionem segurança no trânsito e os comportamentos que proporcionem ou comprometem essa segurança;
- Registrar comportamentos dos motoristas e pedestres nas vias públicas;
- Analisar atitudes positivas e negativas, comparando-as com as normas estabelecidas no Código Nacional de Trânsito;
- Observar o movimento de pessoas dentro da Escola;
- Analisar a influência do espaço e a direção na circulação interna da Escola;
- Identificar regras de circulação como fatores importantes na ordem e segurança da Escola;
- Saber reconhecer e interpretar as principais formas de sinalização no trânsito;
- Conscientizar sobre a relevância dos primeiros socorros;
- Desenvolver a atenção e a percepção, aplicando-as à obediência à sinalização de trânsito;
- Trabalhar as virtudes importantes na vida em sociedade, tais como: paciência, tolerância, responsabilidade, coleguismo, humildade etc.

2- JUSTIFICATIVA

O “Projeto Trânsito na Escola” busca “contribuir efetivamente na preservação, na redução dos acidentes e auxiliar na conscientização e conhecimento quanto à proteção da vida, para a paz no cotidiano dos espaços rurais e urbanos. Também tem como meta levar ao entendimento dos educandos, a importância e a relevante prática que se faz necessária no bom relacionamento de todos os cidadãos que fazem parte do trânsito, bem como a devida e indispensável atenção e respeito, para que haja a harmonia tão almejada, os bons hábitos e as atitudes adequadas” (Bogue et al., 2008).



  1. PARCERIAS DO PROJETO

    O “Projeto Trânsito na Escola” será executado pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal de Educação, e contará com a parceria de diversas instituições que estão abaixo relacionadas.

    - Secretaria Municipal de Trânsito;
    - Departamento Estadual de Trânsito;
    - Polícia Militar;
    - Associação Municipal de Auto Escolas;

    No decorrer da apresentação das ações e trabalhos propostos pelo presente Projeto serão apresentados com maiores detalhes quando e onde cada um dos citados parceiros estará atuando e colaborando.


    4. ATIVIDADES DO PROJETO TRÂNSITO NA ESCOLA

    O presente “Projeto Trânsito na Escola” será trabalhado ao longo de todo ano letivo, por todos os professores e demais funcionários da Escola, de forma interdisciplinar, procurando integrar o assunto em diversas situações de pesquisa e atividades que envolvam criatividade e participação efetiva dos alunos, educadores e comunidade escolar.

    Dessa forma, a equipe pedagógica da Escola utilizará de uma gama enorme de estratégias para abordar a temática, e assim alcançar os objetivos do “Projeto Trânsito na Escola”. Logo a seguir são apresentadas as diversas atividades trabalhadas em “Classe” e “Extra-classe”.

    5- ATIVIDADES EM CLASSE


    Relembramos que existem diversos exemplos de projetos pedagógicos que tratam dessa temática, em diferentes localidades do Brasil.
    Como proposta de abordagem do tema, o professor poderá realizar debates e discussões em classe enfocando assuntos diversos, como por exemplo: (1) desobediência à sinalização; (2) organização em sala de aula, no pátio, na calçada, na rua, no ônibus; (3) comportamento no interior do veículo; (4) comportamento das pessoas como motorista, ciclista, motociclista e pedestre; e (5) consciência da realidade, da mudança, da política social e consciência cidadã.

    Outra atividade a ser trabalhada é a produções de textos, tais como: (1) convivência entre as pessoas em sociedade; (2) a vida e a sociedade em que vivemos; (3) interpretação de textos jornalísticos que tratam o trânsito da cidade; (4) análise de dados estatísticos sobre frota de veículos e número de acidentes; e (5) estudo dos meios naturais construídos pelo homem, que fazem parte do contexto social dos alunos e ampliação da visão de mundo.

    Para complementar tais atividades, sugerimos: (1) realização de trabalhos de casa, que podem ser individuais ou em grupo; (2) pesquisas em instituições públicas ou na internet; (3) entrevistas com guardas de trânsito e outras pessoas; (4) criação de poesias, músicas, cartazes, paródias, tabelas, gráficos, mapas e maquetes; (5) realização de apresentações de teatro e dramatizações; (6) realização de concurso de desenhos e redações com temática trânsito; (7) criação de um código escolar para o trânsito nas dependências da Escola; e (8) mapeamento do percurso escola/casa; e (9) apresentação de documentários em DVD.

    Informamos também que a equipe pedagógica da Escola terá liberdade para trabalhar esse Projeto de forma a potencializar os resultados. Dessa forma, os professores poderão usar os seus conhecimentos e usa vivência prática para adaptar conhecimentos e sugerir modificações, sempre buscando a formação plena dos alunos. Querendo enriquecer suas aulas e trabalhos, os professores poderão agendar palestras com profissionais ligados à segurança no trânsito, como por exemplo: (1) dos órgãos responsáveis pelo trânsito, (2) profissionais de saúde, e (4) Polícia Militar.

    Trabalhar o trânsito de forma ampla e participativa permite aos alunos analisar os problemas, as situações e os acontecimentos dentro de um contexto e em sua globalidade, utilizando, para isso, os conhecimentos presentes nas disciplinas e sua experiência socio-cultural (Faria, 2008).

    Abaixo apresentamos idéias de conteúdos que podem ser trabalhados nas diferentes disciplinas, sempre com enfoque multidisciplinar.

    CONTEÚDO A SER TRABALHADO EM SALA DE AULA

    A) PORTUGUÊS
    - Leitura de textos sobre trânsito,
    - Elaboração de redações e poesias com essa temática,
    - Interpretação de placas de trânsito com os seus significados,
    - Pesquisas dos fatos e noticias  de acidentes causados no trânsito na cidade,
    - Debates e apresentação de vídeos.

    B) MATEMÁTICA
    - Desenhos geométrico,
    - Cálculo das multas de transito,
    - Elaboração de gráficos de acidentes de trânsito.

    C) FÍSICA
    - Estudo da velocidade dos veículos,
    - Estudo do atrito,
    - Direção dos ventos e os balões,
    - Estudo das marés e correntes marítimas.

    D) ARTES
    - Composição de músicas e paródias,
    - Cores dos semáforos,
    - Organização de teatros e dramatizações,
    - Desenhos de faixas educativas, e sinais de transito,
    - Recortes e confecção de meios de transportes com utilização de materiais recicláveis.

    E) HISTÓRIA
    - História dos meios de transporte,
    - Origem e aspectos das profissões ligadas ao trânsito,
    - As grandes navegações – as caravelas portuguesas e espanhóis.

    F) GEOGRAFIA
    - O trânsito urbano, rural e nas grandes cidades,
    - Noção de espaço das vias urbanas e ciclovias,
    - Estudo de mapas de rodovias e estradas vicinais,
    -  Conhecimento das leis que regulamenta e instilucializam os espaços,
    - Estudo da altitude, latitude, longitude e coordenadas geográficas com ênfase nos trasnportes aéreos e marítimos.

    G) CIÊNCIAS/ MEIO AMBIENTE
    - Primeiros socorros,
    - Poluição do Ar,
    - Aquecimento Global,
    - Combustíveis fósseis e biocombustíveis.



    6. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

    Este tópico reúne todas as informações sobre os recursos humanos e materiais necessários para a execução do “Projeto Trânsito na Escola”.

    6.1 RECURSOS HUMANOS

    Nesse tópico “Recursos Humanos”, trazemos apenas a relação das pessoas que estarão executando as ações propostas, o que não inclui toda a parcela da comunidade que  será atingida pelo presente Projeto. Dessa forma, não há previsão para gastos adicionais com os recursos humanos (como por exemplo com a contratação de prestadores de serviço), pois a maioria dos profissionais que estarão sendo envolvidos já são servidores públicos da Escola ou das entidades e órgãos parceiros. Assim, os gastos financeiros só serão aplicados na produção e aquisição de recursos materiais, que estão detalhadamente descritos a seguir.

    - Equipe pedagógica da Escola;
    - Equipe administrativa da Escola;
    - Representantes da Polícia Militar;
    - Representante do Departamento Estadual de Trânsito;

    6.2 RECURSOS MATERIAIS

    Nesse tópico apresentamos de forma detalhada os recursos materiais básicos necessários para a execução do “Projeto Trânsito na Escola”.

    A – MATERIAL DIDATICO
    Resma de papel A4,
    Cartolinas e papel crepom,
    Tesouras, cola branca e fita adesiva,
    Pincel atômico,
    Pincel para pintura,
    Tinta guache,
    Caixas de lápis-de-cor,
    Caneta hidrocor,
    Revistas, jornais, gibis e folhetinhos,
    etc.

    B – MATERIAL DE APOIO
    Aparelho de DVD,
    TV,
    Filmes de DVD,
    Aparelho de som portátil,
    CD's diversos,
    Máquina fotográfica digital.



    7. AVALIAÇÃO

     A avaliação do “Projeto Trânsito na Escola” se dará durante todo o processo pedagógico, de maneira que os profissionais de educação e demais colaboradores possam obter informações e dados indicativos do aprendizado que pode ser medido através da participação, interesse, entusiasmo e desenvolvimento das práticas em “Classe” e “Extra-classe”.

    Além disso, o professor e a equipe administrativa da Escola poderão observar a mudança de comportamento, de atitude, de postura ética e moral, nos educandos e demais segmentos da Escola. Isso será observado na convivência social, no contexto do trânsito enquanto pedestres, ciclistas, passageiros e futuros condutores.

8. BIBLIOGRAFIA

Bogue, E.A.T.; Ferreira, M.A.S.; Silva, M.H.G. 2008. Trânsito - “Educação, Participação e Consciência”. Curso de Mídias na Educação – Ciclo Básico – Universidade Federal de Campo Grande (MS). 7p.

BRASIL. 1997. Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 24 de setembro de 1997.

BRASIL. MEC / Secretaria de Educação Média e Tecnológica. 1999. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Brasília (DF).

Faria, E.O.F. 2008. Desenvolvendo um projeto com o tema trânsito. APATRU – Associação de preventiva de acidentes e assistência às vitimas do trânsito. São José do Rio Preto (SP). Disponível em: http://www.transitocomvida.ufrj.br/DesenvolvendoProjetoComTemaTransito.asp

JESUS, DAMÁSIO. Notas ao art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro: Crime de Embriaguez ao Volante. Disponível em: http://www.transito.hpg.ig.com.br

Lobo, B.L. 2008. Projeto Trânsito. Disponível em:  http://brunaleaolobo.blogspot.com/2008/08/projeto-transito.html

Rodrigues, J.N. 2007. Placar da Vida: uma analise do Programa ¨Paz no Trânsito” no Distrito Federal. (Dissertação de Mestrado em Sociologia). Brasília. Universidade de Brasília. 116p. Disponível em: http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=32144564

SALERA JÚNIOR, G. 2008. Projeto Capoeira Viva. Gurupi (TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1047416

SALERA JÚNIOR, G. 2008. Projeto Dança de Rua é Cidadania. Gurupi (TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1214454

SALERA JUNIOR, G. 2008. Projeto de Educação Ambiental na Aldeia. Gurupi (TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1226616

SALERA JUNIOR, G. 2008. Projeto de Educação Ambiental na Escola. Gurupi (TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1112201

SALERA JUNIOR, G. 2008. Projeto de Educação Indígena Krahô-Kanela. Gurupi (TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1246149

SALERA JÚNIOR, G. 2009. Projeto Guarda de Trânsito Mirim. Gurupi (TO). Disponível em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/1395259

Santos, W.B. 2008. Ética no Trânsito. Trânsito Brasil. Porto Alegre (RS). Disponível em: http://www.transitobrasil.com.br/asp/noticia.asp?codigo=4376

Santos, W.B. 2008. Trânsito congestionado. Trânsito Brasil. Porto Alegre (RS). Disponível em: http://www.transitobrasil.com.br/asp/noticia.asp?codigo=4378

Santos, W.B. 2008. Transito nas Escolas. Trânsito Brasil. Porto Alegre (RS). Disponível em: http://www.transitobrasil.com.br/asp/noticia.asp?codigo=4377

Vieira, R.A.; Alencar, C.S.; Solotani, J.C.D.; Gabiatti, R.K.; Mulinari, S.R. (Coords.). 2008. Projeto Trânsito na Escola - Escola Lóide Bonfim. Disponível em: http://cidadeeducadora.dourados.ms.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=81&Itemid=2

ZANOBIA, ADEMIR & SARDINHA, JOSÉ CARLOS. 2007. Código de Trânsito Brasileiro anotado e seus recursos. 2ª Edição. BH Editor

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Formigas

As formigas, o grupo mais popular dentre os insetos, são interessantes porque formam níveis avançados de sociedade, ou seja, a eusocialidade. Todas as formigas, algumas vespas e abelhas, são considerados como insetos eusociais, fazendo parte da ordem Hymenoptera. As formigas estão incluídas em uma única família, Formicidae, com 12.585 espécies descritas até 2 de setembro de 2010,[1] distribuídas por todas as regiões do planeta, exceto nas regiões polares. As formigas são o gênero animal de maior sucesso na história terrestre, constituindo de 15% a 20% de toda a biomassa animal terrestre.[2]
Acredita-se que o surgimento das formigas na Terra deu-se durante o período Cretáceo (há mais de 100 milhões de anos) e pensa-se que elas evoluíram a partir de vespas que tinham aparecido durante o período Jurássico.
Por vezes, confundem-se as térmitas (cupins) com as formigas, mas pertencem a grupos distintos.
As formigas distinguem-se dos outros insetos – mas algumas destas características são comuns a alguns tipos de vespas - por apresentarem:
O estudo das formigas denomina-se mirmecologia

Índice

Organização social das formigas

Formiga vista ao microscópio eletrônico.
Macho alado
Embora nem todas as espécies de formigas construam formigueiros, muitas fazem autênticas obras de engenharia, normalmente subterrâneas, com um complexo sistema de túneis e câmaras com funções especiais – para o armazenamento de alimentos, para a rainha, o “berçário”, onde são tratadas as larvas, etc.
As sociedades das formigas são organizadas por divisão de tarefas, muitas vezes chamados castas. As tarefas podem ser distribuídas pelo tamanho e/ou pela idade do indivíduo.
A função da reprodução é realizada pela rainha e pelos machos. A reprodução é feita pelo voo nupcial. A rainha vive dentro do formigueiro, é maior que as restantes formigas, perde as asas depois de fecundada e durante toda a sua vida põe ovos. Os machos aparecem apenas quando é necessário fecundar uma nova rainha, o que acontece durante um voo em que participam milhares de fêmeas e machos alados; depois da fecundação, os machos não são autorizados a entrar no formigueiro e geralmente morrem rapidamente.
As restantes funções – procura de alimentos, construção e manutenção do formigueiro e sua defesa – são realizadas por fêmeas (que não possuem asas, para maior mobilidade no formigueiro) estéreis, as obreiras. Em certas espécies, as obreiras que realizam as diferentes funções estão também divididas em castas. Normalmente, as que se ocupam da defesa – ou para o ataque, uma vez que algumas espécies são predadoras de animais que podem ser maiores que elas – têm as peças bucais extremamente grandes e fortes.
Existem também outras 2 funções: a de operário e a de soldado. As operárias tomam conta da cria (ovos, larvas e pupas), fazem a limpeza do formigueiro e coletam o alimento. Já as formigas soldados guardam a entrada do formigueiro sem descanso.

Desenvolvimento

As pequenas formigas desenvolvem-se por metamorfoses completas, passando por um estado larvar equivalente à lagarta dos outros insectos e pelo estado de pupa. A larva não tem pernas e é alimentada pelas obreiras por um processo chamado trofalaxia, no qual a obreira regurgita alimentos por ela ingeridos e digeridos. Os adultos também distribuem alimento entre si por este processo. As larvas e pupas precisam de temperatura constante para se desenvolverem e, por isso, são transferidas para câmaras diferentes, de acordo com o seu estágio de desenvolvimento.
A diferenciação em castas é determinada pelo tipo de alimento que recebem nos diferentes estados larvares e as mudanças morfológicas que caracterizam cada casta aparecem abruptamente.

Comportamento das formigas

Formigas sobre folhas

Comunicação

As formigas se comunicam geralmente por uma química chamada feromonas, esses sinais de mensagens são mais desenvolvidos na espécie das formigas que em outros grupos de himenópteros. Como as formigas passam a vida em contato com o solo, elas deixam uma trilha de feromônio que pode ser seguida por outras formigas. Quando uma obreira encontra comida ela deixa um rastro no caminho de volta para a colônia, e esse é seguido por outras formigas que reforçam o rastro quando elas voltam à colônia. Quando o alimento acaba, as trilhas não são remarcados pelas formigas que voltam e o cheiro se dissipa. Esse comportamento ajuda as formigas a se adaptarem à mudanças em seu meio. Quando um caminho estabelecido para uma fonte de comida é bloqueado por um novo obstáculo, as obreiras o deixam para explorar novas rotas. Se bem sucedida, a formiga retorna e marca um novo rastro para a rota mais curta. Trilhas bem sucedidas, são seguidas por mais formigas, e cada uma o reforça com mais feromônio (as formigas seguirão a rota mais fortemente marcada). A casa é sempre localizada por pontos de referência deixados na área e pela posição do sol; os olhos compostos das formigas têm células especializadas que detectam luz polarizada, usados para determinar direção. As formigas usam feromônio para outros propósitos também. Uma formiga esmagada emitirá um alarme de feromônio, o qual em alta concentração leva as formigas mais próximas a um furor de ataque; e em baixa concentração, as atrai. Para confundir inimigos, várias espécies de formigas também usam feromônios, que os fazem lutar entre eles mesmos
Como outros insetos, as formigas sentem o cheiro com longas e finas antenas. As antenas têm como cotovelos ligados ao primeiro segmento alongado; e visto que vêm em pares-como visão binocular ou equipamento de som estereofônico elas obtêm informações sobre direção e intensidade. Quando duas formigas se encontram, tocam as antenas e as feromonas que estiverem presentes fornecem informação sobre o estado de alimentação de cada uma, o que pode levar à trofalaxia, ou seja, uma delas regurgita a comida para a outra. A rainha produz uma feromona especial que indica às obreiras quando devem começar a criar novas rainhas.
As formigas geralmente atacam e defendem-se ferroando, por vezes injectando compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico.

Tipos de formigas

Há uma grande diversidade de formigas e dos seus comportamentos:
  • As formigas-correição, da América do Sul e da África, não constroem formigueiros permanentes e alternam entre uma vida nômade e a organização de abrigos temporários formados pelos corpos das obreiras. As sociedades reproduzem-se, quer por vôos nupciais, quer por divisão do grupo, em que um grupo de obreiras se separa e cava um ninho para criar novas rainhas. Os membros de cada grupo distinguem-se pelo olfacto e normalmente atacam outros intrusos.
  • Algumas formigas atacam outros formigueiros, roubam as pupas e criam-nas como obreiras. Algumas espécies, como a formiga da Amazónia (por exemplo, Polyergus rufescens), tornaram-se totalmente dependentes destas obreiras, ao ponto de, sem eles, serem incapazes de se alimentar.
    Formigas Pote de Mel
  • As “formigas-pote-de-mel” criam obreiras especiais, cuja única função é armazenar comida nos seus próprios corpos para o resto do grupo, ficando geralmente imóveis, com grandes abdómens cheios de comida. Em locais secos, mesmo desertos, em África, América do Norte e Austrália, estas formigas são consideradas um “petisco” delicioso.
  • As “formigas-tecelãs" (Oecophylla) constroem ninhos em árvores cosendo folhas, que juntam formando pontes de obreiras e depois cosendo-as com seda que obtêm de larvas criadas para esse efeito.
  • As “formigas-cortadoras” dos gêneros Atta e Acromyrmex pertencem à tribo Attini, e vivem exclusivamente nas Américas, do norte da Argentina até o sul dos Estados Unidos. Ao contrário do que se pensa, as formigas não se alimentam ingerindo as folhas que cortam (mas podem ingerir exsudatos açucarados destas folhas). Alimentam-se do fungo que elas cultivam dentro do formigueiro. Elas possuem várias castas, com funções específicas na manutenção da colônia (operárias, soldados, operárias do jardim) . Umas cortam e/ou carregam folhas, flores e ramos, outras cuidam da limpeza e da defesa da colônia, e outras ainda do cultivo do fungo e do cuidado com os filhotes, chamados larvas. As formigas da casta das "jardineiras", cortam as folhas e, ao fazê-lo, aproveitam para se alimentarem da seiva exudada. Estas folhas são carregadas para o interior do formigueiro, onde formigas de outra casta se encarregarão de triturá-las para o cultivo de um fungo de cor branca, base da sua alimentação. O fungo supre as necessidades alimentares de todas as formigas que vivem exclusivamente dentro do formigueiro, como as larvas, e da rainha. Esta, por sua vez, se encarrega de colocar os ovos durante toda a vida e, através de seus descendentes, perpetua a colônia. São conhecidas 14 espécies de formigas cortadeiras do gênero Atta e mais de 25 espécies do gênero Acromyrmex.

Relações das formigas com outros organismos

Formiga ordenhando afídeo
Algumas espécies de afídeos segregam um líquido doce que normalmente é desperdiçado, mas as formigas recolhem-no e, ao mesmo tempo, protegem os afídeos de predadores e chegam a transportá-los para locais com melhor comida.
Uma relação parecida existe com as lagartas mirmecófilas (“amigas das formigas”) que são criadas por algumas formigas. Estas levam-nas a “pastar” durante o dia e recolhem-nas ao formigueiro à noite. As lagartas têm uma glândula que segrega igualmente um líquido doce que as formigas “mungem”, massageando o local onde está a saída da glândula.
Ao contrário, existem microorganismos mirmecófagas (que comem formigas): estas lagartas segregam uma feromona que faz as formigas pensarem que a lagarta é uma das suas larvas, levam-nas para o formigueiro, onde as lagartas se alimentam das larvas das formigas.

Humanos e formigas

Um tipo de formiga doméstica que costuma formar seu ninho em eletrodomésticos como vídeo cassete ou computador por causa da temperatura, podendo muitas vezes danificá-los. Elas costumam habitar partes ocas na parede da casa.
As formigas são úteis porque podem ajudar a exterminar outros insetos daninhos e a aerificar o solo. Por outro lado, podem tornar-se uma praga quando invadem as casas, jardins e campos de cultivo. As “formigas-carpinteiras” destroem a madeira furando-a para fazer os seus ninhos.
Algumas espécies, chamadas “formigas-assassinas”, têm a tendência de atacar animais muito maiores que elas, quer para se alimentarem, quer para se defenderem. É raro atacarem o homem, mas podem dar picadas muito dolorosas e, se forem em grandes números, podem causar dano permanente ou matar por alergia grave.
As formigas encontram-se em muitas fábulas e histórias infantis da cultura ocidental, representando o trabalho e esforço cooperativo, assim como agressividade e espírito de vingança. Em partes de África, as formigas são consideradas mensageiras dos deuses. Algumas religiões dos índios norte-americanos, como os Hopi, consideram as formigas como os primeiros habitantes do mundo. Outras usam picadas de formigas em cerimônias de iniciação, como teste de resistência.
A maioria das espécies de formigas domésticas são altamente repulsivas ao cravo, sendo este um bom agente para combater invasões.

Tempo de Vida

Desde a etapa em que são ovos, até se tornarem adultas, as formigas demoram entre 6 a 10 semanas. Em geral as operárias podem viver alguns meses, com algumas espécies podendo viver aproximadamente 3 anos. As rainhas vivem mais do que as operárias, sendo que a maior longevidade foi registrada na espécie Pogonomyrmex owyheei, que atingiu uma idade de 30 anos. As formigas aparentemente vivem mais quando são alimentadas com o mel de rainha.